A nova lei do amor

Porque cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto;pois não se colhem figos de espinheiros,nem dos abrolhos se vindimam uvas.
O homem bom,do bom tesouro do seu coração tira o bem,e o homem mau de seu mau tesouro tira o mal;porque a boca fala daquilo que o coração está cheio.Lc.6-44/45.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013



Empreendedorismo Social e luta pela Cidadania: Uma Iniciativa que utiliza as novas Tecnologias e redes sociais no Desenvolvimento Local Integrado da Comunidade de Jardim Califórnia em Nova Friburgo
Autores: Renata Maria do Amaral Lima Leite e Luciane Ferro da Silva (blog e vídeo)
Palavras-Chaves: desenvolvimento local, redes sociais, empreendedorismo e economia solidária.

Introdução
                                “O que importa é alimentar gente, educar gente, empregar gente. História é gente. E descobrir e reinventar gente é a grande obra da cultura.”Betinho

                O modelo econômico hegemônico de globalização amplia o desenvolvimento das nações do terceiro mundo nas últimas décadas. Uma sociedade progride efetivamente quando os indicadores-chaves, tais como expectativa de vida das pessoas, qualidade de vida e desenvolvimento de seu potencial apresentam melhoria (KLIKSBERG, 2001).
                A integração mundial, por meio da globalização, gera efeitos paradoxais: exclusão social, protecionismo, ações em rede anti-hegemônicas e fortalecimento de desenvolvimento social a partir do “empoderamento comunitário” e balizadas por redes sociais locais, o sistema capitalista pós-industrial está passando por mudanças silenciosas em sua estrutura. Os arranjos produtivos autogestionários baseados na cooperação, a concepção de mercado justo, o surgimento da socioeconômica solidária e a formação de redes associativas de desenvolvimento local sustentável e integrado sinalizam uma terceira via como contraponto ao sistema econômico neoliberal dominante.
                Os espaços locais participam e atuam desse processo a partir de uma base social, cultural e política local. Os diversos atores do mercado, do Estado e da sociedade civil passam a influenciar e interagir nesse processo de forma muito mais articulada e interdependente, pois, eles precisam estar atentos para as dinâmicas locais, nacionais e globais. O conceito de desenvolvimento local, que ganha espaço nos últimos anos, pode ser entendido como o processo endógeno de mobilização das energias sociais em espaços de pequena escala, que implementam mudanças capazes de elevar as oportunidades sociais, a viabilidade econômica e as condições de vida da população (FRANCO,2000).
                Jardim Califórnia, bairro da cidade de Nova Friburgo, localizada na região serrana do estado do Rio de Janeiro, caracteriza-se por ser um “local cosmopolita” e com altíssima concentração de renda. As desigualdades sociais são imensas e as políticas públicas atuais de desenvolvimento social e econômico não têm gerado resultados satisfatórios. O objetivo do presente trabalho é analisar a experiência de desenvolvimento local integrado e sustentável da comunidade e apresentar o que os jovens estudantes da região estão fazendo nas escolas utilizando as novas tecnologias e redes sociais como empreendedorismo social e luta pela cidadania.
O bairro Jardim Califórnia, local de moradia dos envolvidos nesse trabalho foi completamente destruído pelas chuvas de janeiro de 2011 e pelos desabamentos. Aqui concentrasse a muitas pessoas que sofreram com a catástrofe, pois o bairro é cortado pelo córrego Dantas que destruiu a maior parte do comércio, das ruas e casas do local.
                O cenário na época ficou como o Haiti. Diversas casas destruídas e muitas pessoas soterradas, como se pode constatar no vídeo postado no youtube (Estragos das chuvas em Nova Friburgo-Jardim Califórnia)WWW.youtube.com/watch?v+=mEQH4KuxRK.

Desenvolvimento

Em todas as atividades realizadas, contamos com a presença das NTICs onde pudemos enriquecer as possibilidades de pesquisa via Internet e atender aos interesses individuais e do grupo para uma aprendizagem mais significativa, permitindo assim uma série de construções pessoais. Construções estas que vão desde produção de conhecimento, colaboração e compartilhamento das informações, experiências e conhecimento adquiridos.
                Através do vídeo produzido ultrapassamos o espaço físico das paredes da sala de aula e da própria escola. Conseguimos trocar experiências, através do espaço virtual, compartilhando aprendizagem, disponibilizando para a comunidade local e para outros lugares no mundo através do nosso blog na rede mundial de computadores-a Internet.
                O computador conectado a Internet foi um poderoso recurso didático que enriqueceu e diversificou significativamente o processo de ensino e aprendizagem no projeto Agenda 21, foco de nosso tema; colaborando para trabalhar e desenvolver as relações envolvidas nas nossas formas de pensar e aprender a educação de maneira mais integrada, participativa e cooperativa.
                A tecnologia presente no nosso projeto “agenda 21” define uma nova época em nossa vida educacional onde estabeleceu novas possibilidades, como atuarmos nas comunidades virtuais, grupos de discussão (chats), diários virtuais (blog), fórum de opinião, visitamos bibliotecas virtuais, sítios de pesquisas.
Para compreender a Agenda 21:
                A agenda 21 Global é um programa de ação que 179 países assumiram para cuidar do planeta. Ela tem 40 capítulos que mexem com tudo, do ar ao mar, da floresta aos desertos; propõe estabelecer uma nova relação entre países ricos e pobres.
                Na Agenda 21, como em qualquer agenda, estão marcados os compromissos da humanidade com o Século XXI, para garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando o ser humano e o seu ambiente.
Além desse compromisso global, os países participantes da Conferência Rio-92 decidiram criar Agendas 21 nacionais e propor que todos os municípios, bairros e comunidades realizassem Agendas 21 Locais.
                Agenda 21 Local
Qualquer grupo ou comunidade pode organizar a sua própria Agenda 21 local para desenvolver um processo de planejamento local, sempre em parceria entre governo e sociedade.
                Na Agenda 21 Local são sempre bem – vindos pessoas e grupos que queiram cooperar, discutindo, reformando e propondo ações que transformem a realidade atual naquela desejada por todos.
                Agenda 21 na Escola
                No nosso caso, a Agenda 21 é um instrumento para planejar as atividades, fazer projetos coletivos que possam realmente transformar a realidade, aumentar seu diálogo com a comunidade e se ligar em uma proposta de Agenda global.

Conclusão
                O enriquecimento das questões propostas  e envolvimento dos alunos com os conteúdos e assuntos foi significativa e possibilitou uma experiência positiva para todos  os participantes,desenvolvendo relações de trocas e colaboração, que muitos ainda não haviam experimentado de maneira tão intensa na sua formação.Pode-se afirmar que para todos os alunos que participaram da construção do projeto foi uma experiência diferente e muito produtiva, diante de uma oportunidade enriquecedora.
                A possibilidade de mediar às relações e construções e, como ser humano, envolvida num processo muito maior que se expande além da sala de aula que é aprender a ensinar e ensinar a prender, com o uso de novas tecnologias, especificamente neste projeto o uso de ambientes digitais, incluindo na sociedade da informação e comunicação os futuros cidadãos brasileiros com consciência da informação e seu uso em benefício individual e da sociedade.
 O intercâmbio entre a escola e a comunidade foi atingido.Concluímos que   a educação é realmente transformadora ao trazer novas maneiras de ver e conviver com o mundo em sua totalidade e complexidade, respeitando as diversas formas de vida e cultivando novos valores.

Referências Bibliográficas
FRANCO,Augusto de.Porque precisamos de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável.Brasília:MILLENNIUM,2000.
KLIKSBERG,Bernardo.Falácias e mitos do Desenvolvimento Social.São Paulo:Cortez/UNESCO,2001.

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